segunda-feira, 18 de maio de 2009

Diarreia Intelectual

Escrevo só porque me apetece. Não tenho nada pensado, vamos lá ver o que vai sair daqui. Acredito que mal ou bem vai sair algo, mesmo quando não sabemos temos sempre esse algo a dizer. Gosto de falar, gosto de escrever, gosto de ter opiniões. Gosto portanto que me oiçam, que me leiam e que discutam comigo.

E o que há de errado nisto? Devemos pensar antes de abrir a boca? Ou pura e simplesmente devemos dizer tudo o que nos vem á cabeça?


Deus existe? Alguém consegue provar que ele existe? Mas alguém consegue, por outro lado, provar que não foi ele quem criou o nosso mundo?


Como é que devemos zelar pela paz no nosso País? A legitima defesa preventiva, a doutrina Bush? Ou espera o ataque e só depois preparar a defesa?


Melhor forma de regulação económica? A força da mão invisível, a intervenção do Estado na mesma? A pura auto-regulação do mercado?


Esquerda ou direita? Pessoas ou capital? Preocupações sociais ou egoísmo? Progressão, modernidade ou os brandos costumes e o saudosismo?


Não tenho grandes respostas, tenho simplesmente estas e muitas mais perguntas. Não sei se algum dia alguém lhes vai dar resposta. Não sei até se não é melhor ficar na ignorância, a ingenuidade é alegria, significa felicidade. Vou me continuar a questionar sobre tudo quanto possa. E penso poder sobre tudo. Desde politica ao futebol, desde religião ao tempo (gosto de chuva).


Escrevi só porque me apeteceu...

6 comentários:

Anónimo disse...

Yo pedro olha ha um livro no centro de cultura libertaria, 5€, 12 provas da inexistencia de deus. tb tens o texto na net aqui neste site http://ateus.net/artigos/critica/doze_provas_da_inexistencia_de_deus.php


E ja me tava a assustar quando encarnaste o alberto caeiro, ainda pensei que ias desistir do curso que mais corruptos forma, ups, do curso de direito, para ires para o campo plantar batatas e ser feliz :P
-insonia das 5 da manha fudida-

O anonimo do costume

João disse...

Para reflectir, já que está de chuva...:

"Suponhamos um operário qualquer, por exemplo, um tecelão. O capitalista fornece-lhe o tear e o fio. O tecelão põe-se ao trabalho e o fio transforma-se em pano. O capitalista apodera-se do pano e vende-o por vinte marcos, por exemplo. Acaso o salário do tecelão é uma quota-parte no pano, nos vinte marcos, no produto do seu trabalho? De modo algum. O tecelão recebeu o salário muito antes de o pano ter sido vendido e talvez muito antes de o ter acabado de tecer. Portanto, o capitalista não paga o salário com o dinheiro que vai receber pelo pano, mas com dinheiro que já tinha de reserva. Assim como o tear e o fio não são produto do tecelão, ao qual foram fornecidos pelo burguês, tão-pouco o são as mercadorias que ele recebe em troca da sua mercadoria, a força de trabalho. Poderá acontecer que o capitalista não consiga encontrar um comprador para o pano. Poderá acontecer que nem sequer reembolse com a venda o salário que pagou. Poderá acontecer que a venda do pano se realize em condições muito vantajosas, relativamente ao salário do tecelão. Nada disto diz respeito ao tecelão. O capitalista compra, com uma parte da fortuna que tem, do seu capital, a força de trabalho do tecelão, exactamente como comprou com outra parte da sua fortuna a matéria-prima — o fio — e o instrumento de trabalho — o tear. Depois de fazer estas compras, e entre as coisas compradas está a força de trabalho necessária para a produção do pano, o capitalista produz agora só com matérias-primas e instrumentos de trabalho que lhe pertencem. E entre estes últimos conta-se naturalmente também o bom do tecelão que participa tão pouco no produto, ou no preço do produto, como o tear.~"

Karl Marx

João Pedro Rodrigues disse...

"Esquerda ou direita? Pessoas ou capital? Preocupações sociais ou egoísmo? Progressão, modernidade ou os brandos costumes e o saudosismo?"

Espero que não exista ligação entre os "ou´s" destas interrogações, porque se houver aconselho-te a tomares Imodium Rapid quando te aparecerem esses ataques de diarreia aguda.

Abraço
João

Pedro Pavia Saraiva disse...

Primeiro caro Karl, João, Marx.

Admito que não percebi bem onde queria chegar com a citação. Se a ideia é que o tecelão e o tear devem ser tratados como uma mesma coisa por terem a mesma importância na transformação de uma linha em pano penso que do que leu de mim já se está mesmo a ver a minha resposta.

É obvio que uma pessoa é muito mais que um objecto, é obvio que o operario é muito mais que a maquina.

Se me quiser explicar melhor em que queria que reflectisse com a citação agradecia (porque hoje está sol, e tambem gosto de pensar com sol). Espero que não leve a mal o trocadilho com o nome.


Caro João Rodrigues

Se te serviu a carapuça não sei...Eu sou pelas pessoas, tenho enormes preocupações sociais e sou pela modernidade e pelo progresso.

Se se confirma ou não a dicotomia esquerda/direita só tu o poderás confirmar/negar...

Cumprimentos João e João

João disse...

Esquerda! Porquê esquerda? Porque só a esquerda faz sentido para quem se preocupa com os Homens. O desenvolvimento social devolve a dignidade aos trabalhadores. Não os trabalhadores de serviços da classe média! Mas sim aqueles que ganham ordenados mínimos por essas fábricas do interior! Esses a quem se rouba a felicidade de viver, a força de lutar! Só a esquerda pode devolver a dignidade ao ser humano...

Um Homem não é apenas uma máquina! Um Homem não é um bem que se compra! A Máquina, ou a Economia, deverão trabalhar para o Homem, nunca o oposto!

Pedro Pavia Saraiva disse...

Como já deveria estar a adivinhar, assino por baixo o seu comentario João.

Obrigado pela leitura, cumprimentos