Escrevo só porque me apetece. Não tenho nada pensado, vamos lá ver o que vai sair daqui. Acredito que mal ou bem vai sair algo, mesmo quando não sabemos temos sempre esse algo a dizer. Gosto de falar, gosto de escrever, gosto de ter opiniões. Gosto portanto que me oiçam, que me leiam e que discutam comigo.
E o que há de errado nisto? Devemos pensar antes de abrir a boca? Ou pura e simplesmente devemos dizer tudo o que nos vem á cabeça?
E o que há de errado nisto? Devemos pensar antes de abrir a boca? Ou pura e simplesmente devemos dizer tudo o que nos vem á cabeça?
Deus existe? Alguém consegue provar que ele existe? Mas alguém consegue, por outro lado, provar que não foi ele quem criou o nosso mundo?
Como é que devemos zelar pela paz no nosso País? A legitima defesa preventiva, a doutrina Bush? Ou espera o ataque e só depois preparar a defesa?
Melhor forma de regulação económica? A força da mão invisível, a intervenção do Estado na mesma? A pura auto-regulação do mercado?
Esquerda ou direita? Pessoas ou capital? Preocupações sociais ou egoísmo? Progressão, modernidade ou os brandos costumes e o saudosismo?
Não tenho grandes respostas, tenho simplesmente estas e muitas mais perguntas. Não sei se algum dia alguém lhes vai dar resposta. Não sei até se não é melhor ficar na ignorância, a ingenuidade é alegria, significa felicidade. Vou me continuar a questionar sobre tudo quanto possa. E penso poder sobre tudo. Desde politica ao futebol, desde religião ao tempo (gosto de chuva).
Escrevi só porque me apeteceu...
6 comentários:
Yo pedro olha ha um livro no centro de cultura libertaria, 5€, 12 provas da inexistencia de deus. tb tens o texto na net aqui neste site http://ateus.net/artigos/critica/doze_provas_da_inexistencia_de_deus.php
E ja me tava a assustar quando encarnaste o alberto caeiro, ainda pensei que ias desistir do curso que mais corruptos forma, ups, do curso de direito, para ires para o campo plantar batatas e ser feliz :P
-insonia das 5 da manha fudida-
O anonimo do costume
Para reflectir, já que está de chuva...:
"Suponhamos um operário qualquer, por exemplo, um tecelão. O capitalista fornece-lhe o tear e o fio. O tecelão põe-se ao trabalho e o fio transforma-se em pano. O capitalista apodera-se do pano e vende-o por vinte marcos, por exemplo. Acaso o salário do tecelão é uma quota-parte no pano, nos vinte marcos, no produto do seu trabalho? De modo algum. O tecelão recebeu o salário muito antes de o pano ter sido vendido e talvez muito antes de o ter acabado de tecer. Portanto, o capitalista não paga o salário com o dinheiro que vai receber pelo pano, mas com dinheiro que já tinha de reserva. Assim como o tear e o fio não são produto do tecelão, ao qual foram fornecidos pelo burguês, tão-pouco o são as mercadorias que ele recebe em troca da sua mercadoria, a força de trabalho. Poderá acontecer que o capitalista não consiga encontrar um comprador para o pano. Poderá acontecer que nem sequer reembolse com a venda o salário que pagou. Poderá acontecer que a venda do pano se realize em condições muito vantajosas, relativamente ao salário do tecelão. Nada disto diz respeito ao tecelão. O capitalista compra, com uma parte da fortuna que tem, do seu capital, a força de trabalho do tecelão, exactamente como comprou com outra parte da sua fortuna a matéria-prima — o fio — e o instrumento de trabalho — o tear. Depois de fazer estas compras, e entre as coisas compradas está a força de trabalho necessária para a produção do pano, o capitalista produz agora só com matérias-primas e instrumentos de trabalho que lhe pertencem. E entre estes últimos conta-se naturalmente também o bom do tecelão que participa tão pouco no produto, ou no preço do produto, como o tear.~"
Karl Marx
"Esquerda ou direita? Pessoas ou capital? Preocupações sociais ou egoísmo? Progressão, modernidade ou os brandos costumes e o saudosismo?"
Espero que não exista ligação entre os "ou´s" destas interrogações, porque se houver aconselho-te a tomares Imodium Rapid quando te aparecerem esses ataques de diarreia aguda.
Abraço
João
Primeiro caro Karl, João, Marx.
Admito que não percebi bem onde queria chegar com a citação. Se a ideia é que o tecelão e o tear devem ser tratados como uma mesma coisa por terem a mesma importância na transformação de uma linha em pano penso que do que leu de mim já se está mesmo a ver a minha resposta.
É obvio que uma pessoa é muito mais que um objecto, é obvio que o operario é muito mais que a maquina.
Se me quiser explicar melhor em que queria que reflectisse com a citação agradecia (porque hoje está sol, e tambem gosto de pensar com sol). Espero que não leve a mal o trocadilho com o nome.
Caro João Rodrigues
Se te serviu a carapuça não sei...Eu sou pelas pessoas, tenho enormes preocupações sociais e sou pela modernidade e pelo progresso.
Se se confirma ou não a dicotomia esquerda/direita só tu o poderás confirmar/negar...
Cumprimentos João e João
Esquerda! Porquê esquerda? Porque só a esquerda faz sentido para quem se preocupa com os Homens. O desenvolvimento social devolve a dignidade aos trabalhadores. Não os trabalhadores de serviços da classe média! Mas sim aqueles que ganham ordenados mínimos por essas fábricas do interior! Esses a quem se rouba a felicidade de viver, a força de lutar! Só a esquerda pode devolver a dignidade ao ser humano...
Um Homem não é apenas uma máquina! Um Homem não é um bem que se compra! A Máquina, ou a Economia, deverão trabalhar para o Homem, nunca o oposto!
Como já deveria estar a adivinhar, assino por baixo o seu comentario João.
Obrigado pela leitura, cumprimentos
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